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EM NOVA ATUALIZAÇÃO, MAPA NACIONAL DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO TRAZ RECORTE REGIONAL DE DADOS

Desde seu lançamento, em 2023, o Mapa Nacional da Violência de Gênero se tornou referência na organização e compartilhamento de dados públicos oficiais sobre violência contra mulheres no país. A plataforma, desenvolvida em parceria pelo Senado Federal, Instituto Avon e Gênero e Número, inovou ao trazer dados como o Índice de Subnotificação Inconsciente, que estima que 60% das mulheres vítimas de violência não procuram as autoridades policiais do país e, portanto, não são computadas para as estatísticas oficiais. Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon, e Beatriz Accioly, coordenadora de Parcerias, publicaram análises sobre o tema para o portal CNN Brasil e UOL Universa, respectivamente.

Em sua última atualização, o Mapa traz, pela primeira vez desde 2005, um recorte regional dos dados de violência da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher. “A análise de dados de violência de gênero por estado é fundamental para compreendermos, com maior profundidade, o real cenário de cada região do país. Com esses insumos, pretendemos contribuir com a gestão pública na criação e aperfeiçoamento de medidas, serviços e políticas públicas de conscientização, apoio e proteção de mulheres em situação de violência”, explica Daniela Grelin.

Entre os dados regionais inéditos apurados a partir de entrevistas com mais de 20 mil mulheres, destacam-se:

Sul: líder nas solicitações de medidas protetivas de urgência para mulheres em situação de violência no Brasil, com 27%; praticamente metade da população feminina da região reconhece ter sido vítima da violência doméstica;
Sudeste: 49% das mulheres declaram já ter sofrido violência doméstica e menos de um terço das vítimas declaram ter solicitado medidas protetivas de urgência;
Norte: 52% da população feminina declara ter sofrido alguma forma de violência doméstica ao longo de suas vidas e, em comparação às demais regiões, é a que reconhece estar menos informada sobre seus direitos previstos na Lei Maria da Penha;
Nordeste: 47% das nordestinas declaram ter sofrido alguma forma de violência doméstica ao longo de suas vidas e 67% afirmaram ter uma amiga, familiar ou conhecida que já sofreu violência doméstica e familiar;
Centro-Oeste: 47% da população feminina declara ter sofrido violência e apenas 35% consideram-se bem-informadas sobre a Lei Maria da Penha.

Do que uma mulher que sofre violência precisa? Acredito que a análise aprofundada da pesquisa traz muitas respostas. Dentre elas, uma chave para libertar essa mulher de relações abusivas é o maior acesso à escuta qualificada e ao apoio psicológico e assistencial na fase inicial da violência, que leve informação, segurança e caminhos para essa mulher”, finaliza Maria Teresa Prado, coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência do Senado Federal.


Workshop Mapa Nacional da Violência de Gênero jornalistas e influenciadores sobre uso de dados

Tão importante quanto a existência do dado, é a sua apresentação. Essa é uma das premissas que rege o Mapa Nacional da Violência de Gênero, tema de um workshop para jornalistas, influenciadores e veículos especializados em pautas sobre questões de gênero. Como uma ferramenta em constante evolução, a plataforma continuará a crescer e a trazer mais e melhores bases e informações, permitindo gerir e apresentar os dados de forma acessível, atrativa e, acima de tudo, útil para todos os tipos de decisores: autoridades, gestores públicos, jornalistas, pesquisadores, ativistas, entre outros.

Sem saber o que se tem, não conseguimos achar um remédio para a cura. Hoje, neste workshop, vimos o quão relevante é ter dados e evidências para que possamos ter, de uma maneira mais fácil e correta, elementos e dados para enfrentarmos a violência contra a mulher. Saio muito animada por termos mais uma forma de ampararmos e acolhermos as mulheres”, disse Fayda Belo, advogada especialista em crimes de gênero. 

CONTATO

Para ter mais informações sobre a Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, envie um e-mail para coalizaoempresarial@natura.net ou preencha os campos abaixo. Em breve, entraremos em contato.

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